A pandemia de coronavírus impactou de forma direta o turismo mundial. Depois de alguns meses praticamente estagnado, o setor começa a retomar suas forças e os viajantes já repensam suas férias. Uma pesquisa internacional realizada pela Anholt-Ipsos (terceira maior empresa de pesquisa de mercado do mundo, presente em 90 mercados) entrevistou – de forma online – 20 mil pessoas, de diversos países, nos meses de julho e agosto. O objetivo foi traçar um panorama de preferências quando o assunto são as decisões de viagem.
O estudo aponta que, diferente das demais nações, os brasileiros estão igualmente divididos em seu nível de conforto em relação a viagens nacionais (36%) e internacionais (37%), ou seja, estão dispostos a viajar tanto para destinos domésticos quanto no exterior nos próximos cinco anos.
Panorama Global
De forma geral, as viagens domésticas tendem a ser maioria, e as nações podem ter que, temporariamente, ajustar suas estratégias de turismo, ofertas e faixas de preço para estar sintonizadas às necessidades e interesses de seus respectivos cidadãos. Embora em menor número, alguns cidadãos globais (caso dos brasileiros) ainda se sentem confortáveis para explorar o mundo, sinalizando que as viagens internacionais não ficarão totalmente paralisadas.
Na hora de escolher os destinos, os viajantes vão optar por aqueles que tomaram medidas mais eficazes na resposta à pandemia. As cinco principais nações nas quais os cidadãos globais se sentiriam mais confortáveis de visitar são: Alemanha, Suíça, Canadá, Nova Zelândia e Japão. Os mesmos países também dominam o Top 5 quando o tema é quem combateu melhor a crise de saúde, mudando apenas a ordem: Alemanha, Canadá, Nova Zelândia, Suíça e Japão.
Impacto a longo prazo
De acordo com a pesquisa, o impacto de longo prazo da pandemia de COVID-19 na indústria do turismo ainda é amplamente desconhecido. Os resultados demonstram que as maneiras como os países lidam com as crises de saúde impactam na visão dos viajantes. Aqueles que fizeram progressos significativos para conter o coronavírus são vistos de forma mais favorável.
“Essas descobertas importantes confirmam que a boa governança – especialmente quando também produz benefícios fora das fronteiras de uma nação – é a chave para uma reputação internacional poderosa e positiva. Isto, por sua vez, tende a atrair mais comércio, turismo, investimento estrangeiro e talento”, afirma o professor e pesquisador Simon Anholt.
FONTE: Blog Affinity http://blogdoaffinity.com.br/?p=2815